Produtores rurais do Vale do Juruá estão amargando prejuízos na produção de farinha. A lagarta que dizima as plantações de mandioca voltou a atacar e já afeta roçados em diversas comunidades de Cruzeiro do Sul e municípios vizinhos.
Em mais de 10 comunidades de Cruzeiro do Sul foi detectado o inseto que se reproduz rapidamente criando uma superpopulação capaz de devorar milhares de pés de mandioca em poucos dias. Nos ramais que formam o Projeto de Assentamento Santa Luzia, os produtores já tiveram parte do plantio comprometido por conta da ação do Mandarová. A lagarta também já ataca nos municípios de Porto Walter, Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
O Instituto de Defesa Animal e Florestal – IDAF – montou uma equipe para apoiar os produtores no combate à praga. “A ação tem que ser muito rápida para evitarmos um prejuízo maior para os produtores. Portanto, estamos com nossa equipe em campo para orientá-los e disponibilizamos para cada comunidade, um kit emergencial para que os agricultores possam tomar as medidas necessárias para impedir que a lagarta invada os seus roçados” – destacou o gerente órgão governamental, Marcos Pereira de Souza.
O IDAF orienta que os produtores façam a vistoria em suas plantações diariamente para observar se existe a presença da lagarta. “Nas primeiras pulpas encontradas ele já deve fazer a catação e eliminar, antes que ela se transforme na lagarta que leva um período de 15 dias. Assim ele consegue evitar a invasão em seu roçado. Caso o plantio seja atacado, os produtores são orientados a utilizar um inseticida” – informou Pereira.
Há oito anos milhares de produtores do Acre tiveram prejuízos por conta à ação do Mandarová. À época, houve uma queda drástica na produção de farinha que é à base da economia da região.
Tribuna do Juruá